São Paulo - Monitorar uma residência não requer mais muito dinheiro, nem exige conhecimentos técnicos aprofundados. A popularização de algumas tecnologias e até mesmo a evolução das redes sociais se encarregaram de facilitar a vida de quem quer ficar de olho em sua casa ou escritório. Basicamente, há dois sistemas para monitoramento remoto. O primeiro, utiliza dispositivos conhecidos como câmeras IP. O outro, mais limitado, opera com ajuda das redes sociais.
Para colocar o primeiro sistema em operação, é preciso unir hardware e software. O hardware são basicamente as câmeras que farão a captura de imagens – com ou sem a ajuda de fios. Conectadas diretamente à internet (daí o nome câmera IP, de internet protocol, ou protocolo de internet), elas podem transmitir imagens ao usuário onde quer que ele esteja. Com poucos reais, é possível adquirir um modelo básico, caso da DCS – 910, com fio, fabricada pela empresa de eletrônicos D-Link.
As opções sem fio, mais caras e avançadas, permitem imagens de melhor qualidade e conseguem operar mesmo no escuro. Esses dispositivos podem custar até 3.000 reais, com taxa de instalação. Mas não é preciso gastar tanto. O modelo SC3171G, da TP-Link, pode ser encontrado por 340 reais no mercado. A SNB-1001, da Samsung, custa 514 reais, sendo que o item oferece um sistema de reconhecimento facial.
Resolvida a questão do hardware, resta ao usuário escolher o software a partir do qual receberá as imagens de sua residência na palma da mão, ou seja, em seu smartphone. Os dois melhores aplicativos para iPhone são compatíveis com a maioria das câmeras: o gratuito NetcamViewer Mobile e o IP Câmera Viewer, que pode ser adquirido na App Store por 2,99 dólares. Proprietários de smartphones com o sistema operacional Android, do Google, podem baixar grauitamente o programaMEye ou comprar o IP Cam Viewer por 4,99 dólares.
Redes sociais
O monitoramento à distância pode sair ainda mais barato. Com uma modesta webcam de 30 reais e duas contas em redes sociais, pode-se montar um sistema simples, mas efetivo, para espiar a porta de casa ou o quarto do bebê.
Tanto o Google+, rede social do Google, quanto o Facebook apresentaram recentemente seus sistemas de videoconferência: o Hangout e o Videochat, respectivamente. O objetivo desses programas é possibilitar a comunicação de vídeo entre os frequentadores dos sites – uma funcionalidade que pode ser facilmente alterada com um toque criativo. Para monitorar sua casa, tudo o que o usuário tem a fazer é manter duas contas no serviço: uma delas vai capturar as imagens do ambiente a ser monitorado, e as enviará via rede social; a outra, é claro, será usada para assistir às imagens.
Para isso, pode-se usar a câmera embutida no notebook. Quem tem desktop ou quer captar imagens de outros pontos da casa, pode adquirir uma câmera extra e ligá-la à máquina.
No Facebook, há uma dificuldade para colocar o sistema em operação. Para iniciar o Videochat, é preciso enviar uma solicitação para o segundo computador, o que pode dificultar as coisas. O funcionamento do Hangout, do Google+, é mais simples: permite iniciar a conversa on-line sem a necessidade de confirmação pela outra parte. Basta escolher a dedo quem pode acessar o conteúdo.
Qualquer que seja o modo de monitoramento (câmera IP ou redes sociais), é preciso ter em mente que uma interrupção no serviço de internet suspende imediatamente a transmissão das imagens.
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