Fuga de talentos
Segundo um estudo do Boston
Consulting Group (BCG), realizado com 27 mil pessoas em 180 países, o Brasil é
um dos líderes mundiais quando o assunto é a fuga de talentos digitais. A
pesquisa, publicada em junho, levou em conta até que ponto profissionais com
conhecimento e especialização em programação, desenvolvimento web e de
aplicativos, além de inteligência artificial e robótica estão abertos a mudar
de país.
Por aqui, cerca de 75% dos
trabalhadores ouvidos consideram fazer as malas. Em países como Austrália e
Alemanha esse número cai pela metade: 37% e 34%, respectivamente.
Na última sexta-feira de junho, a
Magnetis, plataforma digital de investimentos, fez uma festa junina para os 85
funcionários da empresa. O arraiá contou com barracas de comidinhas, como
crepe, cachorro-quente, música e chope à vontade.
A ação foi o encerramento de uma
semana dedicada à integração entre o time, que conta com um terço dos
empregados trabalhando de forma remota. “Temos pessoas espalhadas por seis
estados brasileiros, que fazem home office, então duas vezes por ano trazemos
todas para a sede em São Paulo”, diz Pamela Ortiz, gerente de recursos humanos
da startup.
A programação ainda contou com
sete ted talks sobre temas ligados à cultura ou ao negócio da empresa,
workshops e até a apresentação da Magband, banda de funcionários da Magnetis.
“Ações como essas fazem com que
as pessoas que não trabalham no escritório se sintam parte da equipe, criem
conexões com outros colegas, além de reforçar os valores da companhia, como o
trabalho em equipe”, afirma Pamela.
Empurrãozinho para interagir
Para aumentar a interação entre
os funcionários, o Getninjas, plataforma de contratação de serviços, apostou em
uma iniciativa ousada. A startup, que emprega 93 pessoas, adotou uma
ferramenta, batizada de Donut, que promove encontros entre os trabalhadores.
“
A ideia é aumentar o senso de
pertencimento e abrir portas para novos contatos”, diz Renato Caliari, líder do
Time de Pessoas e Cultura da empresa. A cada 15 dias, o aplicativo sorteia
quatro funcionários de áreas diferentes para um almoço ou um café da tarde.
Para quebrar o gelo do primeiro encontro, o app ainda fornece informações sobre
os escolhidos, como gostos pessoais e trajetória profissional.
Funcionando desde abril, o Donut
já promoveu 38 encontros. “A ferramenta tem o objetivo de criar pontes, já que
aumenta a chance de aproximar pessoas que não trabalham diretamente no dia a
dia umas com as outras”, afirma Renato.
Chefes também falham
De acordo com uma pesquisa da
consultoria DNA Outplacement, as maiores falhas dos líderes brasileiros são
dificuldade de execução e falta de foco.
A pesquisa, publicada em junho e
que ouviu 1 576 executivos de Brasil, Chile, Colômbia e Peru, ainda apontou a
ausência de empatia, de feedback e de definição de estratégia como defeitos da
liderança.
Da parada ao escritório
LEIA MAIS:
https://exame.abril.com.br/carreira/eu-quero-e-dar-o-fora-veja-quais-talentos-digitais-estao-fugindo-do-pais/
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